Anorgasmia - Uma Impotência Sexual Feminina
. Causas
. Tratamento
Pode-se imaginar que não há impotência sexual que acometa as mulheres . Mas não .
Devido a fatores como os de origem psicossociais , traumáticos ou orgânicos , elas são as mais atingidas por algumas das formas de anorgasmia .
Pouco se fala sobre o assunto , pois , tratando-se de algo íntimo , delicado e , em uma sociedade cheia de tabus , mitos e cobranças das mais diversas , assuntos como este nem sempre vêm à tona .
No entanto , não adianta fugir do assunto , afinal , mais cedo ou mais tarde , a velha desculpa da dor de cabeça deixa de funcionar .
Portanto , independente das disputas de quem é "mais homem" ou "mais mulher" , de quem é mais gostoso ou mais gostosa , quem é mais isso ou mais aquilo , pelo bem da qualidade vida , inclusive a sexual , é preciso ter diálogos abertos , conhecer o próprio corpo , experimentar toques e sensações livres de conceitos ou preconceitos .
Anorgasmia ou ausência de orgasmos
Anorgasmia , uma impotência sexual que se caracteriza pela ausência de orgasmos nos atos sexuais e masturbatórios .
Esse disfunção ocorre mais entre as mulheres (não impedindo que os homens a tenham , também).
Ela pode ser definida como uma inibição recorrente ou persistente do orgasmo, manifestada por sua ausência ou retardo após uma fase de excitação sexual adequada em termos de foco, intensidade e duração.
Não se considera, porém, essa inibição como anorgasmia se a pessoa é capaz de atingir o orgasmo através de masturbação. É a disfunção sexual mais comum junto com a falta de desejo. Pode ter fatores biológicos correlacionados, assim como fatores psicológicos, como apresentar sentimentos de culpa em relação atividade sexual, deficiência feminina em assumir o papel erótico, medo de engravidar, traumas relacionados ao sexo, como por ter sofrido algum abuso sexual, ter tido relações dolorosas. A anorgasmia entre os homens é menos frequente.
Causas da Anorgasmia
As causas da anorgasmia são várias e podem ser orgânicas e psicossociais.
Entre as orgânica então algumas alterações ou lesões neurológicas, entretanto, como a esclerose múltipla, mielites, lesões cirúrgicas ou traumáticas da medula ou do sistema nervoso periférico podem promover a inibição do orgasmo. O uso excessivo do álcool ou drogas psicoativas, as neuropatias diabéticas e as dores nas relações sexuais são outras causas da inibição do reflexo orgásmico. Também pode ocorrer em função da má-formação congênita (que pode impedir o acesso ao clitóris), hipertrofia dos pequenos lábios (que pode encobrir o acesso à vagina - inclusive em situações de Clitoromegalia), dentre outras .
As causas psicossociais são as principais causas das anorgasmias femininas. Dentro desse grupo, as de maior impacto sobre a sexualidade são as falsas crendices, a falta de informação, os tabus, as normas sociais sexofóbicas, a educação sexual repressora, a falta ou a pouca comunicação entre os parceiros e a falta de habilidade sexual do parceiro, fatores estes que promovem o medo e a angústia que são pontos-chave para o desenvolvimento da anorgasmia. Como conseqüências para a mulher, a anorgasmia pode trazer diminuição da auto-estima, inibição do desejo sexual e fuga do relacionamento sexual. O relacionamento pode ser afetado, pois podem surgir dúvidas sobre o futuro e a diminuição da qualidade do vínculo entre os parceiros.
Tratamento da anorgasmia
A anorgasmia pode ser tratada, desde que o paciente colabore no processo do tratamento. Tendo um índice muito elevado de êxito. Um diagnóstico adequado é muito importante para que se possam dirigir melhor o tratamento.
Caso nenhum motivo orgânico seja encontrado pode-se procurar confirmar se não há expectativas fantasiosas a respeito do orgasmo, por parte do paciente ou de seu parceiro, fazendo-se uma re-educação, eliminando falsas verdades e incluindo informações reais. Depois desses passos, segue-se com a aplicação de técnicas específicas para o tratamento da anorgasmia, que passa basicamente pela psicoterapia, que, dependendo do caso, pode ser individual, a terapia de casal ou, ainda, a junção dos dois processos; e também a fisioterapia do assoalho pélvico tem demonstrado resultados satisfatórios para essa disfunção.
O tratamento percorre o seguintes pontos:
- Eliminar as atitudes negativas e prejudicais em torno da sexualidade em geral e sobre a orgasmo em particular.
- Melhorar a relação através da comunicação do casal.
Programa de habilidades sexuais, que consiste de uma serie de exercícios fisioterapêuticos específicos para a disfunção.
- Um tratamento bastante eficaz para mulheres é fisioterapia ginecológica que trata a anorgasmia com o trabalho de fortalecimento do assoalho pélvico e ajuda a mulher a conhecer seu corpo, esse tratamento é muito eficaz e proporciona um resultado importante em poucas sessões; para que isso ocorra é necessário a adesão da mulher ao tratamento de forma completa onde realizará exercícios específicos para região pélvica durante as sessões e domiciliares .
(Fonte da informação:Wikipédia)