Olá !
O assunto de hoje não é muito diferente do anterior e tão importante quanto .
É sobre a não muito conhecida coleta de medula óssea e seu transplante .
Se a doação de sangue , ainda que sendo algo simples , seguro , indolor e incentivado por tantas campanhas e pedidos , continua sendo insuficiente , tratando-se da doação de medula óssea , então , a situação é ainda mais crítica .
Por ser um procedimento complexo , do qual pouco se conhece e por oferecer algum risco ao doador , a coleta de medula óssea encontra ainda mais resistências que a doação de sangue .
Medulas , sangue , órgãos . Muitas são as dúvidas e receios , imensas são as barreiras que não deixam as doações avançarem .
Para todos os casos , a informação continua sendo a melhor solução
.
Saiba mais do que diz INCA sobre medula óssea .
Perguntas e Respostas sobre Transplante de Medula Óssea
O que é medula óssea?
É
um tecido líquido-gelatinoso que ocupa o interior dos ossos, sendo
conhecida popularmente por 'tutano'. Na medula óssea são produzidos os
componentes do sangue: as hemácias (glóbulos vermelhos), os leucócitos
(glóbulos brancos) e as plaquetas. As hemácias transportam o oxigênio
dos pulmões para as células de todo o nosso organismo e o gás carbônico
das células para os pulmões, a fim de ser expirado. Os leucócitos são os
agentes mais importantes do sistema de defesa do nosso organismo e nos
defendem das infecções. As plaquetas compõem o sistema de coagulação do
sangue.
Qual a diferença entre medula óssea e medula espinhal?
Enquanto a medula óssea, como descrito
anteriormente, é um tecido líquido que ocupa a cavidade dos ossos, a
medula espinhal é formada de tecido nervoso que ocupa o espaço dentro da
coluna vertebral e tem como função transmitir os impulsos nervosos, a
partir do cérebro, para todo o corpo.
O que é transplante de medula óssea?
É um tipo de tratamento proposto para algumas
doenças que afetam as células do sangue, como leucemia aguda; leucemia
mieloide crônica; leucemia mielomonocítica crônica; linfomas ; anemias
graves; anemias congênitas; hemoglobinopatias; imunodeficiências
congênitas; mieloma múltiplo; Síndrome mielodisplásica hipocelular;
imunodeficiência combinada severa; osteopetrose; mielofibrose primária
em fase evolutiva; Síndrome mielodisplásica em transformação; talassemia
major, etc. Consiste na substituição de uma medula óssea doente ou
deficitária por células normais de medula óssea, com o objetivo de
reconstituição de uma medula saudável. O transplante pode ser
autogênico, quando a medula vem do próprio paciente. No transplante
alogênico a medula vem de um doador.
O transplante também pode ser feito a partir de células precursoras de
medula óssea, obtidas do sangue circulante de um doador ou do sangue de cordão umbilical.
Quando é necessário o transplante?
Em doenças do sangue como a anemia aplástica grave, mielodisplasias e em alguns tipos de leucemias, como a leucemia mieloide aguda, leucemia mieloide crônica, leucemia linfoide aguda. No mieloma múltiplo e linfomas, o transplante também pode ser indicado.Anemia aplástica: É uma doença que se caracteriza pela falta de produção de células do sangue na medula óssea. Apesar de não ser uma doença maligna, o transplante surge como uma saída para 'substituir' a medula improdutiva por uma sadia.
Leucemia: É um tipo de câncer que compromete os
glóbulos brancos (leucócitos), afetando sua função e velocidade de
crescimento. Nesses casos, o transplante é complementar aos tratamentos
convencionais.
Como é o transplante para o doador?
Antes da doação, o doador faz um rigoroso
exame clínico incluindo exames complementares para confirmar o seu bom
estado de saúde. Não há exigência quanto à mudança de hábitos de vida,
trabalho ou alimentação. A doação é feita em centro cirúrgico, sob
anestesia, e tem duração de aproximadamente duas horas. São realizadas
múltiplas punções, com agulhas, nos ossos posteriores da bacia e é
aspirada a medula. Retira-se um volume de medula do doador de, no
máximo, 15%. Esta retirada não causa qualquer comprometimento à saúde. Leia mais sobre a doação de medula.
Como é o transplante para o paciente?
Depois de se submeter a um tratamento que ataca
as células doentes e destrói a própria medula, o paciente recebe a
medula sadia como se fosse uma transfusão de sangue. Essa nova medula é
rica em células chamadas progenitoras que, uma vez na corrente
sangüínea, circulam e vão se alojar na medula óssea, onde se
desenvolvem. Durante o período em que estas células ainda não são
capazes de produzir glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas em
quantidade suficiente para manter as taxas dentro da normalidade, o
paciente fica mais exposto a episódios infecciosos e hemorragias. Por
isso, deve ser mantido internado no hospital, em regime de isolamento.
Cuidados com a dieta, limpeza e esforços físicos são necessários. Por um
período de duas a três semanas, o paciente necessitará ser mantido
internado e, apesar de todos os cuidados, os episódios de febre são
muito comuns. Após a recuperação da medula, o paciente continua a
receber tratamento, só que em regime ambulatorial, sendo necessário em
alguns casos o comparecimento diário ao Hospital-dia.
Quais os riscos para o paciente?
A boa evolução durante o transplante depende
de vários fatores: o estágio da doença (diagnóstico precoce), o estado
geral do paciente, boas condições nutricionais e clínicas, além, é
claro, do doador ideal. Os principais riscos se relacionam às infecções e
às drogas quimioterápicas utilizadas durante o tratamento. Com a
recuperação da medula, as novas células crescem com uma nova 'memória'
e, por serem células da defesa do organismo, podem reconhecer alguns
órgãos do indivíduo como estranhos. Esta complicação, chamada de doença
enxerto contra hospedeiro, é relativamente comum, de intensidade
variável e pode ser controlada com medicamentos adequados. No
transplante de medula, a rejeição é relativamente rara, mas pode
acontecer. Por isso, existe a preocupação com a seleção do doador
adequado e o preparo do paciente.
Quais os riscos para o doador?
Os riscos são poucos e relacionados a um
procedimento que necessita de anestesia, sendo retirada do doador a
quantidade de medula óssea necessária (menos de 15%). Dentro de poucas
semanas, a medula óssea do doador estará inteiramente recuperada. Uma
avaliação pré-operatória detalhada verifica as condições clínicas e
cardiovasculares do doador visando a orientar a equipe anestésica
envolvida no procedimento operatório. Os sintomas que podem ocorrer após
a doação - dor local, astenia (fraqueza temporária), dor de cabeça, em
geral - são passageiros e controlados com medicamentos simples, como
analgésicos.
O que é compatibilidade?
Para que se realize um transplante de medula é
necessário que haja uma total compatibilidade entre doador e receptor.
Caso contrário, a medula será rejeitada. Esta compatibilidade é
determinada por um conjunto de genes localizados no cromossoma 6, que
devem ser iguais entre doador e receptor. A análise de compatibilidade é
realizada por meio de testes laboratoriais específicos, a partir de
amostras de sangue do doador e receptor, chamados de exames de
histocompatibilidade. Com base nas leis de genética, as chances de um
indivíduo encontrar um doador ideal entre irmãos (mesmo pai e mesma mãe)
é de 25%.
O que fazer quando não há um doador compatível?
Quando não há um doador aparentado
(geralmente um irmão ou parente próximo, geralmente um dos pais), a
solução para o transplante de medula é fazer uma busca nos registros de
doadores voluntários, tanto no REDOME (o Registro Nacional de Doadores
Voluntários de Medula Óssea) como nos do exterior. No Brasil a mistura
de raças dificulta a localização de doadores compatíveis. Mas hoje já
existem mais de 21 milhões de doadores em todo o mundo. No Brasil, o REDOME tem mais de 3 milhões de doadores.
Onde posso me inscrever para ser um doador voluntário de medula?
É possível se cadastrar como doador voluntário de medula óssea nos Hemocentros
nos estados. No Rio de Janeiro, além do Hemorio, o INCA também faz a
coleta de sangue e o cadastramento de doadores voluntários de segunda a
sexta-feira, de 8h às 12h. Não é necessário agendamento. Para mais
informações, ligue para (21) 3207-1580 (atendimento de segunda a
sexta-feira, de 8h às 12h).
O que a população pode fazer para ajudar os pacientes?
Todo mundo pode ajudar. Para isso é preciso
ter entre 18 e 55 anos de idade e gozar de boa saúde. Para se cadastrar,
o candidato a doador deverá procurar o hemocentro mais próximo de sua
casa, onde será agendada uma entrevista para esclarecer dúvidas a
respeito das doações e, em seguida, será feita a coleta de uma amostra
de sangue (de 5 a 10ml) para a tipagem de HLA (características genéticas
importantes para a seleção de um doador). Os dados do doador são
inseridos no cadastro do REDOME e, sempre que surgir um novo paciente, a
compatibilidade será verificada. Uma vez confirmada, o doador será
consultado para decidir quanto à doação. O transplante de medula óssea é
um procedimento seguro, realizado em ambiente cirúrgico, feito sob
anestesia geral, e requer internação de, no mínimo, 24 horas. Saiba mais.
Importante: um doador de medula óssea deve manter
seu cadastro sempre atualizado. Caso haja alguma mudança de informação,
preencha este formulário.
REDOME
Rua dos Inválidos, 212 - 11º andar - Centro - Rio de Janeiro / RJ
Telefone: (21) 2505-5656 / 2505-5639 / 2505- 5638
Rua dos Inválidos, 212 - 11º andar - Centro - Rio de Janeiro / RJ
Telefone: (21) 2505-5656 / 2505-5639 / 2505- 5638
E-mail: redome@inca.gov.br
Espero que as informações sejam úteis .
Beijos ,
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